terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Rogue One – Uma História Star Wars

Ou como eles fizeram em um filme o prequel que Star Wars sempre mereceu

Vou ser justo, não tinha grandes esperanças para Rogue One (sem trocadilhos aqui). Quando apresentado como parte do grande projeto da Disney, que inclui outros dois Spin Offs e mais dois Episódios, acreditei que seria um daqueles filmes obrigatórios apenas para completar a lista do que já vi da série. Engano meu. Como disseram no Conselho Jedi Catarinense, Rogue One é “como um conto do Universo Expandido transformado em filme”. E isso, meus amigos, é muita coisa.

Pode não parecer, mas você deve muito a esses heróis.

Para começar a história é concisa e fechada em si mesmo, com protagonistas fantásticos que te conquistam fácil. Temos a Jyn Erso, interpretada pela Felicity Jones e a peça chave dessa história, a rebelde que move o grupo título. Cassian Andor, rebelde até a veia, encarnado por Diego Luna. K-2SO, com voz de Alan “Folha no Vento” Tudyk, o mais novo droide a conquistar o coração dos fãs. E ainda Chirrut, Baze, Bodhi e todos os outros personagens tão sinceros, tão cativantes... mas seria injusto resumi-los a isso, então vamos por partes.


Quando começamos Rogue One o Império está prestes a entrar na fase tirana com a morte do Senado Imperial e a ascensão da Estrela da Morte que todos conhecemos. Por uma série de “coincidências” os caminhos de Jyn e Cassian se esbarram e em uma cadeia de eventos insanamente rápida vemos como os projetos da arma mais letal do Imperador foram descobertos. Espero não estar dando spoilers para quem ainda não viu o Episódio IV: Uma Nova Esperança (vá fazer isso AGORA), mas... sabemos o resultado dessa incursão.

Sim, Jyn... deu ruim.
Ainda assim foi brilhante ver a ascensão da estação espacial bélica, como o Almirante Tarkin se envolveu (e fiquei arrepiado com os efeitos que tornaram possível vê-lo de volta), os encaixes entre as trilogias, as reviravoltas, as referências tanto a outros filmes como a personagens de outras mídias (a Ann teve um treco ao ler General Syndulla em uma das legendas) e finalmente, o conjunto de cenas finais que me levou às lágrimas. Rogue One vem sendo citado como melhor filme da franquia até o momento e não é por pouco.


Por exemplo, a atuação de Felicity Jones e Diego Luna é fabulosa. Nós nos emocionamos com Jyn, principalmente ao vê-la conversando com o rebelde Saw Gerrera e Galen, seu pai. E Diego se mostra um personagem forte, e até certo ponto irritante. A química da equipe é formidável e me vi entrando em choque a cada conflito. Aliás, Chirrut rouba todas as cenas em que aparece. “Eu sou um com a Força. A força está comigo” vai virar meu mantra daqui a pouco.

Acho que nunca antes o princípio da Força pareceu tão orgânico...
Além disso, as ligações são tão bem feitas, tão bem amarradas, dando tanto peso (principalmente na questão da guerra) quanto leveza. Você não precisa ter doutorado em Star Wars para saber da responsabilidade de Rogue One, pode sentir claramente que a vida de muita gente está nas mãos deles. E vai derramar muitas lágrimas e dar sorrisos com o final. Não por menos, o cinema em que eu estava aplaudiu com a subida dos créditos.

Você vai se arrepiar com as sequências na praia.
Um último detalhe, que pode dar ainda mais valor ao filme: a participação de Vader, que tanta gente comentou, é realmente assustadora, e tem um certo impacto, mas o principal é... Vader é um inimigo muito além. Quando ele aparece o jogo muda completamente, é uma força da natureza monstruosa. É a prova de que o universo não se resume a Jedis e Siths, não é povoado por seres com poderes. São pessoas comuns, em uma guerra, fazendo o máximo que podem para dar certo. Rogue One é um filme sobre pessoas que deram tudo de si pelo bem maior.

É uma ponta de luxo, relevante pra história, mas ainda uma ponta.

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