domingo, 26 de janeiro de 2014

6º Desafio - Mônica Pedrini

É, eu sei, pela hora deveria ser domingo, mas... Eu ainda não dormi, então é sábado e este conto não está atrasado! Yes! Hoje eu trouxe o desafio da Mônica, que me pediu um conto sobre o romance de uma humana com um alien... Bem, vocês verão o que saiu disso aí! Espero que apreciem!

Contatos Imediatos de Quarto Grau e Meio

Todo mundo tem aquele amigo de um amigo que um dia passou por uma situação que é fora de série, inacreditável, o causo que conta em uma festa aleatória. Só que ás vezes, bem ás vezes mesmo, algumas dessas histórias são reais.
É o que venho contar, algo que aconteceu com uma amiga de minha prima. Uma tal Jéssica. Dizer que a garota era esquisita era pouco, apenas seus poucos amigos conseguiam compreender, ou fingir isso, sua paixão pelo que há universo afora. Não falo de um gosto por astronomia, viagens espaciais ou talvez um sonho com ficção científica.
A coisa é um pouco mais complicada, do tipo “Possua-me, alien!”. Pelo menos é o que diziam. Nunca vi, como saber?
Só que Jéssica tinha uma falha agravante em sua busca por ser um dia abduzida: Um medo mórbido de ficar na rua de noite.
Essa situação mudou em uma festa que Jéssica foi, praticamente empurrada por essa minha prima. A festa em si estava uma droga, com música ruim e gente esquisita. Tão esquisita quando a pobre garota, o que quer dizer que ela devia se sentir em casa. Mas não.
Depois de uma hora zanzando, tentando se enturmar, Jéssica sentou no sofá ao lado de um casal se pegando. Um par de olhos violetas atraiu seu olhar do outro lado da sala. Cabelos loiros espetados e uma roupa de nerd. Muito deslocado para uma festa tão estranha.
Jéssia se sentiu sem ar, totalmente envergonhada. A boca secou, as mãos suaram, os olhos vidraram. Tentou levantar, tentou caminhar, tentou não tropeçar no pessoal “dançando”, tentou chegar perto, tentou puxar conversa.
- Ahn, oi?
É, foi um bom começo Jéssica. Muito bem, mas pela história, isso DEU CERTO! Ela conseguiu que o garoto a respondesse, desse trela, a seguisse para a cozinha onde pegou ponche para os dois (está batizado, não é?). O garoto parecia divertido demais e NADA alienígena, o que é bem diferente de tudo que ela já apreciou antes.
- Então... Qual seu hobby, Jess?
- Ah, é, então, sabe?
Foi difícil confidenciar sua paixão, sua vocação.
- Ah, o espaço? Uau! Eu também gosto disso! Demais, cara!
E lá ficaram conversando sobre et’s, espaçonaves, teorias da conspiração, beijos, amassos, pegada em certas partes. Foi uma união muito boa de fluídos corporais, química e talvez uma boa dose de bebida. O ponche estava REALMENTE batizado.
- Eu... Nunca fiz isso antes.
- É, eu sei. Eu sei tudo sobre você Jéssica. Na verdade, eu venho observando você há muito tempo.
Foi nessa hora, sozinha com ele na varanda, que Jéssica notou que estava tudo muito quieto. Pior, estava tudo muito ESCURO. Ela estava no meio da noite a céu aberto. Sua pequena fobia repuxou suas orelhas, fez seu corpo reagir na defensiva e se afastar desse garoto que de repente pareceu mais bizarro do que o “normal”.
- Não entendi bem...
- Ah, não se preocupe, Jess, você está segura. Seus desejos serão todos realizados em breve. É só esperar um sinal.
O papo sem pé nem cabeça fez Jéssica tremer por inteiro e pensar em abrir a porta, que por algum motivo estava bem trancada. Oh-oh, Jéssica, isso não deu muito certo.
- Por favor, tá me assustando!
- Espere só mais um pouco... Ah, está ali!
Um círculo azulado cruzou os céus e parou bem em cima do garoto, começando a sugá-lo e levando Jéssica com ele. A garota até tentou se segurar em uma cadeira, mas acabou levando-a junto.
- Por favor, pára!
- Eu sempre pensei que você quisesse vir com a gente, Jess, o que foi, mudou de ideia?
- Eu só quero ir pra casaaaaaaa!
Bling! Jess, a cadeira e o pobre nerd caíram todos na varanda, bem antes do brilho azul sumir.
- Ué, quê? Ei! Voltem aqui!
Jéssica olhou para ele, para a situação ridícula que estavam e saiu correndo, deixando-o para trás todo aturdido. Depois disso o garoto ficou observando onde ela caiu, respirou fundo e puxou uma espécie de celular interplanetário. Discou um número e aguardou.
- Oi? Mals aê, mas minha carona me deixou, pode vir me buscar? É mãe, eu tava tentando achar uma acompanhante pro baile, mas não deu certo... Ah, não enche, mãe! Vem logo!

E como eu sei disso tudo? Bom, lembra do casal se pegando no sofá? Minha prima. Ela resolveu ir com o cara pro segundo andar e eles acabaram descendo para o telhado. Quando a nave sugou tudo, ela e o cara acabaram caindo na árvore do lado da casa. E minha prima jura de pé junto que depois disso a Jéssica só fala de morar no interior, bem longe de qualquer estação espacial!

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